Universidade de Brasília
– UnB
Faculdade de educação –
FE
Disciplina: Praticas
mediáticas na educação
Professor: Pedro
Andrade
Nome: Clara Vieira da
Silveira
Matricula: 11/0112881
VALENTE, J. A.;
ALMEIDA, F. J. Visão analítica da
informática na educação no Brasil: a questão da formação do professor. Disponível
em http://www.geogebra.im-uff.mat.br/biblioteca/valente.html> acessado em: 30-04-2012
as 11:30.
I) Resumo
Introdução
A
introdução da informática nas escolas no Brasil iniciou-se no inicio dos anos
70 e somente se estabeleceu nos anos 80. Porem ainda não foi consolidada no
nosso sistema educacional da maneira que os educadores desejavam. Tinha-se como
objetivo provocar mudanças pedagógicas e segundo o autor: “[não] ‘automatizar o
ensino’ ou promover a alfabetização em informática como nos Estados Unidos, ou
desenvolver a capacidade lógica e preparar o aluno para trabalhar na empresa
[...] [como] na França” (VALENTE).
A não multiplicação da
informática na educação no Brasil deve-se não só a falta de verba, pois fica
evidente no ano de 1997, que o governo cria condições para essa proliferação. A
não preparação de professores para uma mudança pedagógica com a informática
dificulta que esse avanço tome o rumo que se idealizava.
A influência de outros países no
desenvolvimento da informática na educação brasileira
Assim
como diversos aspectos, literatura e cultura, por exemplo, a implantação da
informática por parte de alguns educadores vem motivada pela já existência
dessa implantação em outros países, Estados Unidos da América e França. As
mudanças pedagógicas, que era a idealização dos educadores, não se deram nesses
países, a proliferação que foi a motivação.
Informática na educação nos Estados
Unidos da América
A utilização de computadores nos
Estados Unidos é independente das decisões do governo. A sua utilização é
capitalista, é tangenciado pelo avanço da tecnologia e pela competição pelas
empresas que produzem software, das universidades e das escolas. A necessidade
por parte das empresas de vender seus programas mascarou o verdadeiro motivo:
uma mudança pedagógica.
No
inicio dos anos 80 houve uma grande difusão do que se chamavam
microcomputadores (principalmente o Apple), essa tecnologia fez com que
houvesse uma produção e diversificação de programas, de avaliação do aprendizado,
jogos educacionais. Segundo o autor: “[...] ferramentas no auxilio de resolução
de problemas, na produção de textos, manipulação de banco de dados e controle
de processos em tempo real.”. A partir dai o computador passou a assumir
possíveis mudanças educacionais de qualidade, segundo o autor “[...] não é
possível dizer que o processo de aprendizagem foi drasticamente alterado [...]”(VALENTE).
No
inicio dos anos 90 o computador já havia tomado uma enorme dimensão, estava em
todos os níveis de educação, escolas do primeiro e do segundo grau e
universidades. O pouco que se vê de mudança pedagógica, foi causado pelo avanço
tecnológico e não por iniciativa do setor educacional. Pode-se citar, no
primeiro e no segundo grau, o uso da rede de Internet para explorar diferentes
bancos de dados, como mudança pedagógica. Já nas universidades o computador tem
sido usado para a realização de tarefas e como transmissão de informação.
A
capacitação de professores baseou-se apenas em um treinamento técnico do uso de
software educativo e não por um processo de formação. Quem tem assumido o uso
dos computadores nas escolas são pessoas formadas na área da informática e não
educadores que tem o domínio.
Segundo
o autor: “Poucas são as escolas nos Estados Unidos que realmente sabem explorar
as potencialidades do computador e sabem criar ambientes que enfatizam a
aprendizagem.” (VALENTE).
Informática na
educação na França
Da
mesma maneira que os Estados Unidos foi um motivador para a implantação da
informática nas escolas Brasileiras, a França também teve sua contribuição. A
França estava tanto produzindo hardware e software quanto formando novas
gerações para o domínio e produção de tecnologia.
Diferentemente
dos EUA, a França julgou necessário se preparar antes de introduzir. Havia a preocupação
em garantir à acessibilidade de todos os indivíduos a informática e o uso dela
O objetivo de promover uma mudança pedagógica não era o foco da instalação
dessa tecnologia, porem pode-se notar mudanças nesse sentido, não as desejadas.
Segundo o autor o objetivo era o de preparar o aluno para ser capaz de usar a
tecnologia da informática. O tempo que essa tecnologia foi fixada na educação é
muito pequeno para que se possam tirar conclusões, mais afirmavam que os
objetivos iniciais pouco tinham evoluído.
O
que mais marcou a introdução da tecnologia na educação não foi à instalação,
mas a preparação. A preocupação com a formação dos professores em informática
iniciou-se a partir do Plano Informática para Todos de 1985. Cursos remunerados
com 50h de duração, estágios de observação e atuação foram fundamentais para a
formação de 100000 professores.
Mudanças nos métodos de trabalho dos professores
com a implantação da informática geram modificações no funcionamento das
Instituições e sistema educativo.
As bases para a
informática na educação Brasileira
No Brasil a utilização de computadores na
educação iniciou-se nas Universidades: UFRJ, UFRGS e na UNICAMP. A partir do
primeiro e do segundo Seminário Nacional de Informática em Educação. O MEC
tinha apenas a função de acompanhar, viabilizar e introduzir as decisões
propostas pela comunidade de técnicos e pesquisadores da área.
A
influência dos Estados Unidos e da França foi notória porem podemos explicitar
três diferenças básicas entre as posições. A primeira diferença é o fato de no
Brasil as políticas de implantação e desenvolvimento não ser produto somente de
decisões do governo, nem conseqüências do capitalismo. A segunda diferença é
que as políticas implantadas deveriam ser pautadas em pesquisas e experiências.
A terceira é o objetivo de cada país na implantação do computador. No Brasil
tinha o objetivo de mudança pedagógica, nos Estados Unidos o objetivo era o de
“automatizar o ensino”, e na França o objetivo era o de preparar o aluno para
ser capaz de trabalhar com o computador.
Formação de
professores em informática na educação
Uma adaptação fundamental para
a implantação de computadores na escola é a formação dos professores. A
formação foi feita por um curso, chamado FORMAR, de dois meses de duração em
campinas por especialistas da área.
O
autor cita três pontos positivos e três pontos negativos do curso. Podemos
citar como pontos positivos a familiarização, de muitos professores que não
tinha contato com computadores, com a informática, proporcionou uma visão ampla
dos diferentes aspectos da informática e proporcionou o conhecimento de
pesquisas e de trabalhos desenvolvidos nessa área.
O
curso foi realizado em Campinas, por ter uma estrutura física que comportasse
todos os professores, que obrigou os participantes a interromperem suas
atividades em suas respectivas cidades. Por essa razão o curso teve que ter a
menor duração possível, o que dificultou a assimilação da teoria e a pratica.
Após o curso, a volta para suas escolas deveria ser de implantação, mas não foi
o que ocorreu. As escolas não estavam adaptadas e em condições para a
implantação dos computadores. Esses foram considerados os pontos negativos
dessa formação.
A
formação dos profissionais não garante mudanças pedagógicas, como era o
objetivo, é necessário uma mudança na estrutura da escola, no tempo que se é
gasto para essa atividade, entre outros aspectos.
Evolução do computador no Brasil e as
implicações na formação dos professores
A
implantação da Apple, que nos Estados Unidos gerou resultados, no Brasil não
pode ser usada por limitações técnicas e a impossibilidade de usar caracteres
portugueses nesses microcomputadores. Até a utilização do windows, que é o
computador utilizado, o uso de vários computadores foi aplicada, o I7000, o PC,
o MSX, são exemplos de computadores utilizados. A ligação dos computadores com
a rede Internet viabilizou muitas coisas que antes não era possível.
Conclusões
A
partir do supracitado nota-se uma tendência: julgar que a formação de
professores na informática resolve o processo de implantação de computadores.
Segundo o autor: “Às práticas pedagógicas inovadoras acontecem quando as
instituições se propõem a repensar e a transformar a sua estrutura cristalizada
em uma estrutura flexível, dinâmica e articuladora.” (VALENTE).
II)Comentários
É de total importância outras
formas de influencia, no caso os Estado Unidos e a França. O Brasil mesmo se
espelhando soube ter o seu próprio objetivo: mudanças pedagógicas. Julgo necessária
a formação sim de profissionais para tal tarefa porem uma reestruturação da
escola é fundamental. A interação escola e direção faz à diferença para que
tais mudanças ocorram.
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